Que tal nas aulas de Artes trabalhar a Técnica da Monotipia com seus alunos? Recomendamos essa atividade a partir do 5º ano. Veja abaixo o passo a passo e boas artes!
Quando se pensa em carimbos, uma das primeiras ideias que surgem é a possibilidade de reproduzir indefinidamente alguma figura, texto, etc. Mas é exatamente o contrário que acontece com a técnica da monotipia, que não deixa de ser uma espécie de carimbo, porém único. Isso porque, ao transferir para outro meio uma figura pintada com tinta, fica praticamente impossível repetir o processo de forma idêntica.
De certa forma, é um carimbo que pode ser usado apenas uma vez. Claro que é possível tentar reproduzir fielmente o primeiro desenho. Mas a proposta quando se usa essa técnica é exatamente explorar suas peculiaridades para criar obras exclusivas. Com a orientação da professora e utilizando suportes descartados na escola, os alunos experimentaram com a monotipia e criaram suas próprias interpretações em forma de cores, imagens e padrões. Confira.
Passo a Passo
1- A professora começou apresentando algumas possibilidades das técnicas de monotipia: criar texturas com rolinhos, pincéis e também utilizar os dedos. Ela fez a demonstração na mesma placa que os alunos iriam usar.
2- Os alunos foram então convidados a produzir suas primeiras monotipias, investigando as possibilidades da técnica. Eles podiam optar pelo trabalho em duplas ou sozinhos, pois o tamanho da placa permitia a atividade de até 7 alunos ao mesmo tempo.
3- A professora demonstrou nessa etapa a possibilidade de imprimir diversas camadas de cores à imagem. Depois, ela estimulou os alunos a criar imagens desse modo.
4- Com as pinturas ainda molhadas nas placas, os alunos devem fazer a transferência das imagens, colocando, com delicadeza, o papel em cima das placas (e não o contrário).
5- As imagens podem ser bem preenchidas, não apenas de traços, mas de fundos coloridos, e, mesmo, apresentar espaços em branco que vão conter a forma desejada e que deve ser transferida.
Fonte: Adaptado de Revista Arte Educa – Ensino Fundamental Ed. 09
ENTENDENDO A MONOTIPIA
A monotipia teve origem no século 17, com Giovanni Benedetto Castiglione (1616-1670), do qual foram preservadas algumas monotipias.
O que é monotipia? Mono=uma e Tipia=impressão. A técnica de fazer gravuras coloridas com uma única impressão é chamada de monotipia. Fazer gravuras com essa técnica é uma atividade bastante divertida, um exercício artístico que também pode ser aplicado tranquilamente com crianças.
São utilizadas usualmente tintas de secagem lenta, à base de óleo e usa-se como suporte uma placa de vidro, acrílico, etc. Aplica-se uma camada de tinta sobre o suporte e usa-se um rolinho para distribuir a tinta. O papel então é apoiado sobre esse suporte e com um lápis ou outro instrumento, o desenho é feito. Ao retirar o papel, o desenho estará impresso no lado oposto do papel.
** DICA: se você for aplicar sobre tecido use tinta de tecido. Se for aplicar em papel, use tinta de artesanato, e assim por diante.
A prova obtida, monotipia, não é uma duplicação fiel do desenho original, pois na passagem para o papel (impressão), as tintas misturam-se fazendo surgir efeitos imprevisíveis. A monotipia pode ser feita em diversas técnicas.
A monotipia é um processo híbrido, entre a pintura, o desenho e a gravura. Aproxima-se do gesto da pintura, da mancha de tinta, ou do traço, da linha. Ao mesmo tempo possui características próprias da gravura, como a inversão da imagem. Apesar de o próprio nome esclarecer, mono (único) e tipia (impressão), em alguns casos é possível conseguir mais de uma cópia, embora cada vez mais tênue mais clara.
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