16 fevereiro 2017

DIAGNÓSTICO NA ALFABETIZAÇÃO parte 1


Diagnóstico na alfabetização para conhecer a  turma
 

Nos primeiros dias de aula, o professor alfabetizador tem uma tarefa imprescindível: descobrir o que cada aluno sabe sobre o sistema de escrita. É a chamada sondagem inicial (ou diagnóstico da turma), que permite identificar quais hipóteses sobre a língua escrita as crianças têm e com isso adequar o planejamento das aulas de acordo com as necessidades de aprendizagem. Ela permite uma avaliação e um acompanhamento dos avanços na aquisição da base alfabética e a definição das parcerias de trabalho entre os alunos. Além disso, representa um momento no qual as crianças têm a oportunidade de refletir, com a ajuda do professor, sobre aquilo que escrevem.
As pesquisas sobre a psicogênese da língua escrita, realizadas por Emilia Ferreiro e Ana Teberosky no fim dos anos 1970 e publicadas no Brasil em 1984, mostraram que as crianças constroem diferentes ideias sobre a escrita, resolvem problemas e elaboram conceituações. Aí entra o que pode ser considerado uma palavra, com quantas letras ela é escrita e em qual ordem as letras devem ser colocadas. "Essas hipóteses se desenvolvem quando a criança interage com o material escrito e com leitores e escritores que dão informações e interpretam esse material".


As quatro hipóteses
Ferreiro e Teberosky observaram que, na tentativa de compreender o funcionamento da escrita, as crianças elaboram verdadeiras "teorias" explicativas que assim se desenvolvem: a pré-silábica, a silábica, a silábico-alfabética e a alfabética. São as chamadas hipóteses.


O professor deve realizar a primeira sondagem no início do período letivo e, depois, ao fim de cada bimestre, mantendo um registro criterioso do processo de evolução das hipóteses de escrita das crianças. Ao mesmo tempo, é fundamental uma observação cotidiana e atenta do percurso dos alunos.

Investigação individual 


O melhor é que a atividade seja feita individualmente, com o professor chamando um aluno por vez, que deve tentar escrever algumas palavras e uma frase ditadas. Enquanto isso, o resto da turma precisa estar envolvido em uma atividade diversificada em que não seja necessária a ajuda do professor (a cópia de uma cantiga, a produção de um desenho, um jogo etc.).


 Lista bem feita 


Na sondagem, a escolha certa das palavras e da frase (e da ordem em que elas serão ditadas) é essencial. "O ideal é preparar uma lista de termos de um mesmo campo semântico, ou seja, agregados por uma unidade de sentido, e uma frase adequada ao contextO.


Observação e registro
Ficar atento às reações dos alunos enquanto escrevem também é fundamental. Anotar o que eles falam, sobretudo de forma espontânea, pode ajudar a perceber quais as ideias deles sobre o sistema de escrita. 


Terminado o ditado, é imprescindível pedir que a criança leia o que escreveu. Por meio da interpretação dela sobre a própria escrita, durante a leitura, é que se pode observar se ela estabelece ou não relações entre o que escreveu e o que lê em voz alta - ou seja, entre o falado e o escrito - ou se lê aleatoriamente.


O professor pode anotar em uma folha à parte como ela faz a leitura, se aponta com o dedo cada uma das letras, se associa aquilo que fala à escrita etc. "Uma lista de palavras produzida pelo aluno, em situação de sondagem, sem a respectiva leitura, não permite analisar essa produção e identificar sua hipótese de escrita".

 
REGISTRE TUDO A observação da produção de cada um ao longo do ano mostra com clareza como ele avançou.
Para que os alunos atinjam o objetivo previsto para o 1º ano - escrever alfabeticamente, ainda que com erros de ortografia -, o professor precisa acompanhar a evolução de todos, conhecendo os que demandam mais atenção, quantos têm hipóteses mais avançadas e os que estão alfabetizados. Esses últimos, particularmente, necessitam de outros conteúdos de ensino, como a ortografia.


O ideal é que seja construída uma tabela que contenha a evolução das hipóteses de cada um, comparando quanto evoluiu ao longo do ano. Com frequência, essa comparação traz agradáveis surpresas em relação aos que, apesar de não escreverem convencionalmente, realizaram avanços significativos em comparação com sua escrita do início do ano.

Com base nessa tabela, é possível também fazer uma análise crítica da rotina e das atividades que estão sendo contempladas. 

É por meio das sondagens e da observação cuidadosa e constante das produções dos estudantes durante o ano que se pode saber em que momento se encontra cada um, se sua abordagem e rotina estão funcionando, qual a expectativa razoável de evolução para os que ainda se encontram em hipóteses mais primitivas e como ajustar o planejamento do trabalho para que, ao fim do ano letivo, todos estejam alfabetizados.


SUGESTÕES DE TABELAS







 SUGESTÕES DE ATIVIDADES PARA DIAGNÓSTICO


















































































  Auto ditado: é a atividade em que a criança escreve apartir de uma figura, esse tipo de atividade é de suma importância por que quanto mais a criança escreve e tentar nomear objetos, mais ela pensa, elabora hipóteses de escrita e aumenta o vocabulário, quando a criança está fazendo o auto ditado ela tende a repetir várias vezes a palavra para descobrir que letras e sílabas deve usar ...aqui vou postar algumas sugestões de auto ditado.
http://cantinho-priscila.blogspot.com.br

15 fevereiro 2017

REGRINHAS, COMBINADOS E ROTINA


As rotinas ensinam à criança a noção da passagem do tempo e o que é esperado acontecer em cada altura do dia.

A importância da rotina para a criança


A rotina é fundamental, principalmente na vida da criança. Desde o seu nascimento, deve-se estabelecer horários determinados, principalmente no que se refere a alimentação, higiene (banho) e sono.

Na medida em que a criança cresce, suas responsabilidades e atividades também tendem a aumentar. E fica ainda mais necessário o estabelecimento e a manutenção da rotina.

A rotina representa segurança, pois é previsível não gerando ansiedade e/ou desorientação.

É importante que a criança mantenha uma rotina diária com hora para acordar, brincar, ver TV, alimentar-se,(...)
Quando for necessária a mudança desta rotina é importante que a criança seja informada, desde que não seja com grande antecedência, para não gerar expectativas, já que a criança pequena não possui noção de tempo pré-estabelecido, igual ao adulto. O ideal é, ao acordar, rever a rotina daquele dia. Se possível elaborar um mural com suas atividades. Ex.: horário de almoço e jantar, com o respectivo cardápio.

(...)No início, poderá ser difícil manter a rotina, mas a perseverança por parte dos pais e cuidadores contribuirá para a adaptação.

A rotina não deve ser vista como sendo rígida e estática. Ela deverá sim ter uma espinha dorsal, mas com mobilidade, quando necessário.

(...)A família deverá observar e manter a rotina de sábado, domingo e feriados.

A flexibilidade nas exceções é importante desde que não signifique burlar as regras, os combinados que deverão ser levados em conta na grande maioria do tempo.

No final do dia é adequado que os responsáveis revejam o dia junto com a criança. O que aconteceu no dia dela, se conseguiu manter a rotina. Se não, verificar o porquê e recapitular o que irá acontecer no dia seguinte.

A rotina bem estabelecida gera organização e segurança.


algumas sugestões: