18 junho 2015

Reflita sobre as condições didáticas para a produção de texto junto com a equipe docente

O docente precisa propiciar situações de leitura com regularidade, permitindo que os alunos se familiarizem com as características de cada gênero. (Foto: Shutterstock)
O docente precisa propiciar situações de leitura com regularidade, permitindo que os alunos se familiarizem com as características de cada gênero. (Foto: Shutterstock)
Escrever não é uma tarefa fácil. Para que os alunos produzam um texto de determinado gênero, é preciso que o professor ofereça boas referências, interligando o trabalho de leitura com a escrita. No entanto, apenas ler bons modelos não é suficiente para escrever um texto coeso. Muitos docentes relatam que costumam ler para as turmas e que, apesar disso, os estudantes não sabem como desenvolver suas produções.
Mas, afinal, quais são as condições didáticas que devem ser oferecidas? Será que os professores têm clareza sobre como ajudar os alunos a se tornarem produtores de texto? Cabe a nós, coordenadores, colaborar para que eles entendam esse processo e propor atividades em que eles exercitem situações de produção textual.
Na reunião de formação, o coordenador precisa estudar os textos junto com o professor, observando detalhes e auxiliando-o na análise linguística e na identificação de elementos que contribuirão com a escrita. Nesse momento, é importante fazer anotações para que eles consigam tematizar com os seus alunos. Se, por exemplo, a ideia for discutir elementos que os autores utilizam para evitar repetições desnecessárias, por que não fazer estas marcas durante os encontros nos textos que serão utilizados em sala de aula?
Além disso, o coordenador deve planejar junto com os docentes as propostas que serão aplicadas com os estudantes. Muitos deles precisam de apoio para elaborar os procedimentos, como identificar o gênero, planejar a escrita e pensar na linguagem, no destinatário e no propósito social da produção. As atividades podem ser desenvolvidas com base em situações didáticas ou projetos que tenham conteúdos de análise e reflexão sobre a língua. Como exemplo, cito a escrita de bilhetes, convites ou a reescrita de contos.
Aplicação em sala de aula
Após o processo formativo, os professores poderão colocar em prática os conhecimentos adquiridos nas discussões. Para que o trabalho traga um bom resultado, eles precisam realizar uma série de ações em sala de aula:
- Propiciar situações de leitura de vários gêneros textuais com regularidade, permitindo que os alunos se familiarizem com as características de cada um;
- Em uma sequência didática, estudar junto com os alunos as características dos textos que vão produzir;
- Conduzir a leitura de forma que o aluno identifique elementos que o ajudem a produzir textos (linguagem própria do gênero, pontuação, expressões utilizadas, descrição dos personagens, etc). Assim, as crianças adquirem um bom repertório através das análises com detalhes dos textos lidos;
- Os alunos precisam saber o que, para que e para quem escrever. Por isso, é preciso que eles saibam identificar o gênero, a forma, o destinatário e a função comunicativa do que estão produzindo. Quando a proposta é escrever sobre o que o aluno já sabe, a qualidade do texto aumenta;
- Explicar que a revisão faz parte do processo de produção e que o texto deve estar em constante movimento;
- Promover situações de escrita coletiva. O professor pode ser o escriba caso a turma ainda não tenha facilidade para produzir textos com autonomia.
Por fim, para que a formação seja eficiente, a sala de aula deve ser um constante objeto de análise. Um trabalho contínuo de reflexão nas reuniões com o coordenador garante a qualidade do ensino e, consequentemente, a aprendizagem dos alunos. E vocês, já estudaram as condições didáticas para a produção de teto com os professores


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