16 maio 2020

INCLUSÃO: A NEUROCIÊNCIAS EXPLICANDO A APRENDIZAGEM


IMAGEM DE UM CÉREBRO DE LADO COM AS PARTES DEMARCADAS POR CORES COLORIDAS
A NEUROCIÊNCIAS EXPLICANDO A APRENDIZAGEM

Aprender nada mais é que modificar as conexões dos neurônios no cérebro. Quando nascemos, não sabemos que língua vamos falar. Dependendo do que vê e ouve, nosso cérebro vai decidir se vamos falar inglês,português, italiano, espanhol ou outra língua.
O nosso cérebro possui três áreas de vital importância, ou seja, a parte sensorial que recebe e processa as informações vindas do ambiente e criar uma representação mental (hipótese de trabalho), a parte motora que gera uma resposta de acordo com as informações vindas da parte sensorial e córtex pré-frontal que é a parte associativa que fornece complexidade ao nosso comportamento atribuindo emoções e decidindo o que deve ser feito ou não.
As emoções fazem com que o nosso cérebro ative o sistema de recompensa dando um valor positivo ou negativo, ao nosso corpo, que vai gerar a motivação. Temos expressões humanas que são universais: felicidade, tristeza, surpresa, nojo, raiva e medo.
O carinho reduz o stress e acalma o cérebro.
Aprender significa a modificação do cérebro pela experiência. Isto não quer dizer que aprender aumenta as sinapses, e sim, que quando aprendemos  algo fica aquelas que deram certo e elimina-se as que não dão certo.
Quem não tem uma boa experiência sensorial prévia não tem como imaginar e criar. A reativação das representações interna,  a capacidade de visualizar mentalmente aquilo que não está presente e de criar caminhos novos usando a criatividade dependem da experiência. Contudo, esta reorganização e distribuição das funções acontece desde que o cérebro seja usado.
É muito comum quando  alguém perde o movimento de algum membro o cérebro se reorganizar para usar outro.
Um exemplo que podemos colocar é as dificuldades de aprendizagem relacionadas a síndrome do x frágil onde os cérebros destas pessoas ficam congelados em um estado infantil com excesso de sinapses mas de pouco uso.
Com uma idade mais precoce, temos janelas de oportunidades que podem ser definidas como períodos em que o cérebro está mais apto a processar algumas habilidades. Isto não quer dizer que depois deste período não se aprenda. Até os dez anos aprender uma nova língua é mais fácil mas não quer dizer que não possamos aprender depois desta idade.
No caso da dislexia, a maneira como o cérebro processa a informação gera dificuldades específicas na percepção dos sons e suas respectivas letras e em sons específicos. Isto não se traduz em uma incapacidade, mas sim, uma dificuldade.
Contudo, não podemos de deixar de lado os fatores que interferem na aprendizagem que são: atenção, prática, método e motivação.
Se o aluno não consegue prestar a atenção, selecionar adequadamente os estímulos, permanecer concentrado por um período mais prolongado de tempo e não sabe separar os aspectos relevantes dos irrelevantes para a execução de uma aprendizagem dificilmente ele vai aprender. Para que isto seja possível ele tem que ter boas conexões cerebrais, boa alimentação e estímulos adequados. A atenção é a porta de entrada para a aprendizagem pois ela filtra os estímulos do ambiente.
Motivação todos nós temos mas, para manifestá-la, o aluno tem que ser encorajado, tem que receber retorno positivo e o nível da atividade e o método  tem que estar adequado as suas necessidades e capacidades. Tendo vontade, prazer e engajamento o aluno pratica mais e, quanto mais pratica, mais melhora e  mais motivação tem para aprender.

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