12 outubro 2019

Dica para a sala de aula: Gerenciar os pensamentos e as emoções


Dicas-Paisbrilhantes

Objetivos desta técnica: resgatar a liderança do Eu, resolver a SPA, prevenir conflitos, proteger os solos da memória, promover a segurança, desenvolver espírito empreendedor, proteger a emoção nos focos de tensão.
Certa vez uma estudante de engenharia me procurou queixando-se de depressão. Ela passara por sete psiquiatras e tinha tomado quase todos os tipos de antidepressivos. Estava desanimada. A vida não tinha cor. A esperança se dissipara. A dor da depressão, que é o último estágio do sofrimento humano, roubara-lhe o sentido da vida. Fiquei comovido com sua falência emocional.
Disse-lhe que ela não deveria se conformar em ser uma doente. Ela poderia virar o jogo. O resgate da liderança do seu Eu seria capaz de potencializar o efeito dos medicamentos e resgatar seu encanto pela vida. Afirmei que ela tinha dentro de si ferramentas que estavam subutilizadas. Comentei que, apesar de importante, a medicação era um ator coadjuvante do tratamento. Quem é o ator principal? O gerenciamento dos pensamentos negativos e das emoções angustiantes.
Ela aprendeu que todo o lixo que passava pelo palco da sua mente era registrado automaticamente na memória e não podia mais ser deletado, apenas reeditado. Compreendeu que devia não apenas entender as mazelas do seu passado para fazer essa reedição, mas também criticar cada pensamento negativo e cada emoção perturbadora.
Assim, a jovem frágil pouco a pouco deixou de ser vítima dos seus problemas e começou a reescrever a sua história e a contemplar o belo. As flores apareceram depois do longo e insuportável inverno. Ficou mais bonita. Todos que passam pelo caos da depressão, do pânico, das fobias, das perdas, e o superam, ficam mais bonitos interiormente.
A autocomiseração, o conformismo, a falta de garra para lutar são sérios obstáculos à superação de um transtorno emocional. O gerenciamento dos pensamentos é o ponto central do tratamento psicoterapêutico de qualquer corrente de pensamento. Entretanto, precisamos também entender que este gerenciamento é o ponto central da educação, apesar de a ciência pouco compreender este assunto.
Se os jovens não aprenderem a gerenciar seus pensamentos, serão um barco sem leme, marionetes dos seus problemas. A tarefa mais importante da educação é transformar o ser humano em líder de si mesmo, líder dos seus pensamentos e emoções.
As escolas em todo o mundo ensinam os alunos a dirigir empresas e máquinas, mas não os preparam para ser diretores do script dos seus pensamentos. É incontável a quantidade de pessoas que têm sucesso profissional mas são escravas de seus pensamentos. Sua vida emocional é miserável. Enfrentam o mundo, mas não sabem remover o entulho da sua mente.
Tenho tratado de médicos, advogados, empresários, que são inteligentes para lidar com problemas objetivos. No entanto, uma ofensa os derrota, uma crítica os destrói, uma decepção com seus íntimos provoca neles grande ansiedade. São fortes no mundo externo, mas frágeis líderes nos solos da sua psique.
Libertando-se do cárcere intelectual
Os professores fascinantes devem ajudar seus alunos a se libertar do cárcere intelectual. Como? Independentemente da matéria que ensinam, devem mostrar, pelo menos uma vez por semana, que eles podem e devem gerenciar seus pensamentos e emoções.
Seja contando histórias ou falando diretamente, os professores devem comentar que, se o Eu que representa a vontade consciente não for líder dos pensamentos, ele será comandado. Não há dois senhores. Devem comentar que o ser humano tem tendência a ser carrasco de si mesmo. Precisam enfatizar que nossos piores inimigos estão dentro de nós. Só nós mesmos podemos nos impedir de sermos felizes e saudáveis.
Da mesma maneira, os pais precisam ensinar suas crianças e adolescentes a criticar suas próprias ideias negativas, a virar a mesa contra seus medos, a enfrentar as suas mágoas e timidez. Na minha opinião, gerenciar os pensamentos é uma das mais importantes descobertas da ciência atual, e com grande aplicabilidade na educação e na psicologia. Mas a educação, as escolas de pedagogia e as faculdades de psicologia ainda dormitam nessa área. Somos especialistas em formar pessoas passivas.
De que adianta aprender a equacionar problemas de matemática se nossos jovens não aprenderem a resolver os problemas da vida, de que adianta aprender línguas se não souberem falar de si mesmos?
Já é tempo de produzirmos autores e não vítimas da própria história. Já é tempo de prevenirmos doenças emocionais entre os jovens, em vez de esperar para tratá-las depois que elas afloram. Os jovens precisam de uma educação surpreendente.

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