31 março 2018

Como lidar com a Escrita em Sala de Aula

O processo de produção escrita necessita de um acompanhamento sistemático e de uma reflexão orientada. A atuação do professor é fundamental na condução do processo de aprendizagem: suas intervenções sistematizadas, durante e após a atividade de produção textual, favorecem ao aluno a compreensão do funcionamento da língua escrita. É necessário sempre estimular a escrita dos alunos, ainda que, inicialmente, esta não se dê nos padrões linguísticos convencionais. É preciso aproveitar as situações surgidas em sala de aula e criar outras.
É óbvio que crianças que vivem em grandes cidades, como os nossos alunos, estão, constantemente, expostas a materiais escritos, mas, com base em concepções mal compreendidas de diversos teóricos, passou-se a supor que bastaria que a criança convivesse com material de leitura, na vida, na cidade, na escola, para que, com mais facilidade, criasse hipóteses sobre leitura/escrita. Hoje, sabe-se que isto é necessário, mas não suficiente.
A leitura e a escrita com compreensão não acontecem espontaneamente; elas precisam ser ensinadas sistematicamente.
Para que nossos alunos se apropriem da leitura e da escrita, é necessário que entrem em contato com textos e que partam destes para chegar à análise de suas partes (parágrafos, palavras, sílabas e letras), percebendo, assim, as distinções estruturais existentes em nosso código linguístico.
No entanto, cada uma dessas partes deve ser remetida ao todo em situações significativas, para que tenham sentido para as crianças. Assim, as atividades de escrita são significativas quando planejadas com a finalidade de registrar ideias e fatos, ou pela necessidade de os alunos se comunicarem com alguém. Reiteramos, então, a importância de propiciar às nossas crianças situações em que conversem, compartilhem histórias, soltem a imaginação. O convívio prazeroso com situações de leitura e escrita contribuirá para a produção de textos.
Para aprender a escrever, é preciso entender para que se escreve e, também, como se escreve. Não necessariamente nossos alunos sabem utilizar as páginas e espaços do caderno. É preciso ensinar por onde se começa a escrever, o espaçamento entre palavras, a utilização de letras maiúsculas, a pontuação. Para que isto ocorra, é preciso que os alunos vejam como o professor escreve.
Propõe-se que sejam registradas, no blocão, em cartazes espalhados pela sala de aula, no próprio quadro de giz e nos murais, poesias, parlendas etc.
Escrevendo/lendo esses textos para a turma, o professor estará fornecendo informações essenciais: lemos e escrevemos da esquerda para a direita e do alto para baixo de cada folha. São informações que os alunos, muitas vezes, não têm. É importante que os alunos percebam, também, que Falar e Escrever são ações bem diferentes.
Quando fazemos referência ao nome de uma pessoa, por exemplo, se estamos escrevendo, precisamos usar letra maiúscula. Ao falar, claro que não há essa necessidade, apenas falamos. Em nossa fala, também, não fica demarcada a separação entre as palavras. Na escrita, ela é essencial. É preciso, quando se escreve, demarcar os espaços entre palavras e frases.
Por outro lado, a entonação usada pelo falante indica se ele está afirmando, perguntando algo etc. Na escrita, necessita-se do uso da pontuação. Estes e vários outros procedimentos distinguem a fala da escrita. A leitura do professor para a turma não fará os alunos organizarem estes conhecimentos.
Por isso, é necessário que o professor chame a atenção para os aspectos que caracterizam a língua escrita, problematizando as situações da língua. O aprendizado da escrita não ocorre de forma espontânea. Com a intervenção/mediação do professor, as crianças perceberão que o texto é constituído de palavras e aprenderão que as palavras são constituídas de partes menores, as letras, que são símbolos usados para grafar os sons da fala.
Os alunos devem perceber que não existe uma correspondência biunívoca entre o som, o fonema, e a sua representação escrita, o grafema. Devem tomar consciência, também, dos espaços no texto, descobrindo a necessidade de organizar as palavras e frases. Enfim, deverão aprender que essas são características do registro
escrito na nossa língua.
Por isso, é muito importante a conscientização linguística dos alunos quanto às diferenças entre a língua oral e a língua escrita. É essencial conduzir os alunos a perceberem que a escrita expressa ideias, sentimentos ou informações, ou seja, tem um sentido e um propósito comunicativo, visando a um interlocutor. Ao escrever, utilizamos, sempre, algum gênero do discurso, devendo-se reforçar que o gênero é determinado pelo estilo, pelo conteúdo e pela finalidade comunicativa.
Cada gênero tem características próprias. Como já foi dito, há inúmeros gêneros textuais:
  • anúncios,
  • artigos,
  • atas,
  • avisos,
  • convites,
  • bilhetes,
  • bulas de remédio,
  • cartas,
  • cardápios,
  • cartas eletrônicas (e-mails),
  • cartazes,
  • comédias,
  • contos de fadas,
  • crônicas,
  • editoriais,
  • entrevistas,
  • histórias,
  • instruções de uso,
  • letras de música,
  • listas de compras,
  • mensagens,
  • notícias,
  • piadas,
  • outdoors,
  • receitas culinárias,
  • reportagens,
  • telegramas,
  • romances….
Dessa forma, os professores devem observar, nas Orientações Curriculares, que gêneros do discurso deverão abordar em cada ano de escolaridade.

A Língua Escrita nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. SME- 2014

30 março 2018

Como montar uma biblioteca em sala de aula

Aprenda passos para saber como montar uma biblioteca em sala de aula para alunos do Ensino Fundamental I

◆ Selecionar, com a ajuda da pessoa responsável pela sala de leitura, diferentes livros adequados à faixa etária dos alunos e levar alguns (aproximadamente um por aluno) para ficar por um tempo em sala de aula.
◆ Compartilhar com os alunos a ideia de montar uma pequena biblioteca em sala para ser utilizada nos momentos livres ou entre uma atividade e outra.
◆ Perguntar, dentre aqueles que eles conhecem, quais livros gostariam de escolher para ficar por um tempo na biblioteca de sala.
◆ Apresentar os livros que selecionou, contando que solicitou ajuda a uma pessoa que os conhece bastante, e pedir que os alunos folheiem e comentem o que acharam dessa primeira seleção,  trocando opiniões.
◆ Questionar se interessam-se por continuar lendo esses livros ou se gostariam de trocar por outros na biblioteca/sala de leitura da escola, combinando que ficarão um tempo com esses exemplares em sala para ler nos momentos livres ou entre uma atividade e outra.
◆ Pedir que escolham os livros que querem ler nessas ocasiões.
◆ Para aqueles que desejarem, orientar que se dirijam à biblioteca e façam a troca (combinar previamente quando e quanto tempo terão para essa escolha, tanto com os alunos como com a pessoa responsável pela sala de leitura).
◆ Combinar o espaço coletivo da sala em que os livros permanecerão (uma prateleira à qual tenham fácil acesso, ou uma caixa selecionada e preparada para guardá-los com cuidado) e como farão para marcar as páginas já lidas.
◆ Combinar com os alunos que em uma semana, aproximadamente, voltarão a conversar sobre o que leram em uma roda de indicações literárias. Nessa ocasião, comentarão o que já foi lido, impressões e pretensões quanto à continuidade das leituras.
◆ Assegurar alguns momentos da rotina em que os alunos possam realizar leituras individualmente e respeitar o tempo de cada um.
◆ Ao final do período destinado à proposta (bimestre/semestre/ano), sugerir que realizem uma autoavaliação sobre a forma como montaram a biblioteca de sala. Avaliar conjuntamente os aspectos positivos e aqueles que ainda podem melhorar

Fonte: 5 Atitudes pela Educação

29 março 2018

ATIVIDADES DO DIA DO ÍNDIO


História do Dia do Índio
Comemoramos todos os anos, no dia 19 de Abril, o Dia do Índio. Esta data comemorativa foi criada em 1943 pelo presidente Getúlio Vargas, através do decreto lei número 5.540. Mas porque foi escolhido o 19 de abril?
Origem da data 
Para entendermos a data, devemos voltar para 1940. Neste ano, foi realizado no México, o Primeiro Congresso Indigenista Interamericano. Além de contar com a participação de diversas autoridades governamentais dos países da América, vários líderes indígenas deste continente foram convidados para participarem das reuniões e decisões. Porém, os índios não compareceram nos primeiros dias do evento, pois estavam preocupados e temerosos. Este comportamento era compreensível, pois os índios há séculos estavam sendo perseguidos, agredidos e dizimados pelos “homens brancos”.
No entanto, após algumas reuniões e reflexões, diversos líderes indígenas resolveram participar, após entenderem a importância daquele momento histórico. Esta participação ocorreu no dia 19 de abril, que depois foi escolhido, no continente americano, como o Dia do Índio.
Atividades dia do índio ensinar-aprender (1)
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